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terça-feira, 28 de junho de 2011

REALIZANDO A MISSÃO DE DEUS

Atos 8:4-8

Irmãos o texto de hoje acontece em um período marcante para a história do cristianismo. Neste momento Cristo havia subido aos céus e deixado seus discípulos para continuar sua missão de anunciar as boas-novas.

Os apóstolos haviam recebido o Espírito Santo e aguardavam em Jerusalém anunciando o Evangelho. Depois tivemos a instituição dos diáconos para auxiliar no serviço do Senhor e quem encabeça a lista dos diáconos é Estevão, que costumo dizer que foi o primeiro presidente da Junta Diaconal pelo fato de ser o primeiro na lista dos sete diáconos e como o costume presbiteriano preza, quando uma comissão é nomeada em concílio, o primeiro nome da lista é o relator da mesma, ou seja, quem vai dirigir os trabalhos. Como na Junta Diaconal de hoje o presidente é eleito, acredito que podemos fazer alusão à Estevão como o primeiro presidente da Junta Diaconal.

Este vem a ter uma passagem marcante no evangelho ao ser preso e defender corajosamente a missão que o Senhor Jesus ordenou que fizéssemos, combatendo a hipocrisia dos líderes e os maus costumes do povo judaico daquela época, então Estevão acaba ficando conhecido como o primeiro Mártir do Evangelho, ou seja, o primeiro que morreu em nome de Jesus.

Logo após surge outro personagem que vem a ser marcante na história do Cristianismo que é Saulo, que dá início a perseguição aos cristãos de forma contundente e cruel.

Com isso, acontece um movimento chamado de Dispersão, onde devido à perseguição sofrida, os crentes são obrigados a espalharam-se por outros lugares e consequentemente anunciam a palavra de Deus em locais que ainda não tinham ido.
E aí chegamos ao nosso personagem de hoje, que não é Estevão nem Saulo e sim Filipe, um homem simples, o segundo diácono ou vice-presidente da Junta Diaconal que em meio à morte de seu companheiro e a perseguição que os discípulos de Cristo sofriam, não perdeu o entusiasmo e vontade de anunciar a Cristo.

Vejamos através da história de Filipe, como podemos realizar a missão de Cristo nos nossos dias.

1) QUEM ESCOLHE ONDE VOCÊ VAI EVANGELIZAR É DEUS
Quando acontece a dispersão, estes dispersos vão por toda a parte e Filipe foi justamente a um lugar que talvez muitos judeus colocariam como última opção da sua lista.

Ele foi para Samaria. Os Samaritanos e os Judeus não se davam muito bem, veja a parte final do texto de João 4:9.
“ Então, lhe disse a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se dão com os samaritanos)?” (João 4:9 RA)

Segundo o dicionário bíblico de Almeida a definição de Samaritano é:

[Pessoa nascida em SAMARIA. Israelitas e samaritanos não se davam por causa de diferenças de raça, religião e costumes.]

Com isto chegamos à conclusão que Samaria não era a melhor opção para um judeu evangelizar.

Pense comigo: Os Judeus estavam sendo perseguidos, estavam sendo mortos, se eu fosse pregar o evangelho em um lugar que as pessoas não gostavam de mim, provavelmente algo de ruim iria acontecer a minha vida.

No entanto, é Deus quem escolhe onde devemos levar a sua palavra e não nós mesmos.

Às vezes temos o péssimo hábito de escolher o local para evangelizar que é melhor para nossas condições físicas, sentimentais e momentâneas. Se Filipe pensasse assim, com certeza Samaria não seria a melhor escolha.

Precisamos nos colocar à disposição de Deus para ir onde Ele quer e não onde nós queremos.

Vamos notar que Filipe entendeu bem isso em pelo menos mais duas situações:

Quando ele vai evangelizar o etíope eunuco:
“ Um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Dispõe-te e vai para o lado do Sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto. Ele se levantou e foi.” (Atos 8:26 RA)

“ Mas Filipe veio a achar-se em Azoto; e, passando além, evangelizava todas as cidades até chegar a Cesaréia.” (Atos 8:40 RA)

2) DEUS NOS COLOCA NOS LUGARES PARA ANUNCIAR A SUA PALAVRA
Outra coisa muito importante é que somos levados por Deus A evangelizar.

Filipe diante da situação que estava passando ele poderia se esconder, sumir por um tempo, esperar a poeira baixar para depois começar a anunciar o evangelho.

Mas percebemos que por onde ele passa ele cumpre a missão que foi destinado, sem medo das circunstâncias ou situações que poderia enfrentar ele cumpriu a missão que Jesus lhe deixou.
Vejamos os textos abaixo:
“ Filipe, descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo.” (Atos 8:5 RA)

“ Então, Filipe explicou; e, começando por esta passagem da Escritura, anunciou-lhe a Jesus.” (Atos 8:35 RA)

“ Mas Filipe veio a achar-se em Azoto; e, passando além, evangelizava todas as cidades até chegar a Cesaréia.” (Atos 8:40 RA)

Quando Deus nos coloca em algum lugar, seja na nossa casa, na nossa escola, no nosso trabalho, na nossa cidade, em outras cidades, países ou continentes, o objetivo é o mesmo de anunciar a Sua palavra, não podemos fugir desta responsabilidade e deste privilégio.

3) QUANDO CUMPRIMOS A VONTADE DE DEUS, LEVAMOS ALEGRIA E PAZ AOS QUE OUVEM
Iremos notar que por onde Filipe passou cumprindo a vontade de Deus, ele trouxe alegria e paz aos que o ouviram.

Veja os textos abaixo:

“E houve grande alegria naquela cidade.” (Atos 8:8 RA)

“Quando eles estavam saindo da água, o Espírito do Senhor levou Filipe embora. O funcionário não viu mais Filipe, porém continuou a sua viagem, cheio de alegria.” (Atos 8:39 NTLH)

E continuando este texto vamos perceber no versículo 40 que Filipe foi para Azoto e evangelizou todas as cidades até chegar a Cesaréia. Segundo o Dicionário Bíblico de Almeida era um “Porto que Herodes, o Grande, construiu em honra a César Augusto na costa do Mediterrâneo, a 40 km de Samaria. Cornélio, o CENTURIÃO, era de lá {#At 10$}. Paulo esteve preso 2 anos ali {#At 23.31-26.32}.”
 
Com isto podemos concluir que Filipe evangelizou por toda a região de Samaria e quando lemos o texto abaixo, percebemos que foi uma evangelização que produziu resultado.

“ A igreja, na verdade, tinha paz por toda a Judéia, Galiléia e Samaria, edificando-se e caminhando no temor do Senhor, e, no conforto do Espírito Santo, crescia em número.” (Atos 9:31 RA)

CONCLUSÃO
Concluindo, gostaria de dizer aos amados irmãos, que Deus tem nos colocado em locais estratégicos para anunciar a sua palavra. Não se envergonhe, não se esconda, não se omita, mas coloque-se a disposição de Deus para ir onde Ele quer e anunciar a sua palavra, assim traremos paz e alegria para os que ainda não conhecem ao Senhor.

Que Deus nos abençoe nesta importante missão.

Pb. Erikson F. de Araújo
Esboço do sermão do dia 25/06/2011 na IP de Santo Eduardo

segunda-feira, 20 de junho de 2011

É Sempre uma Falta de Amor Criticar e Julgar?

Tornou-se comum evangélicos acusarem de falta de amor outros evangélicos que tomam posicionamentos firmes em questões éticas, doutrinárias e práticas. A discussão, o confronto e a exposição das posições de outros são consideradas como falta de amor.

Essa acusação reflete o sentimento pluralista e relativista que permeia a mentalidade evangélica de hoje e que considera todo confronto teológico como ofensivo. Nossa época perdeu a virilidade teológica. Vivemos dias de frouxidão, onde proliferam os que tremem em frêmito diante de uma peleja teológica de maior monta, e saem gritando histéricos, "linchamento, linchamento"!

Pergunto-me se a Reforma protestante teria acontecido se Lutero e os demais companheiros pensassem dessa forma.

É possível que no calor de uma argumentação, durante um debate, saiam palavras ou frases que poderiam ter sido ditas ou escritas de uma outra forma. Aprendi com meu mentor espiritual, Pr. Francisco Leonardo Schalkwijk, que a sabedoria reside em conhecer “o tempo e o modo” de dizer as coisas (Eclesiastes 8.5). Todos nós já experimentamos a frustração de descobrir que nem sempre conseguimos dizer as coisas da melhor maneira.

Todavia, não posso aceitar que seja falta de amor confrontar irmãos que entendemos não estarem andando na verdade, assim como Paulo confrontou Pedro, quando este deixou de andar de acordo com a verdade do Evangelho (Gálatas 2:11). Muitos vão dizer que essa atitude é arrogante e que ninguém é dono da verdade. Outros, contudo, entenderão que faz parte do chamamento bíblico examinar todas as coisas, reter o que é bom e rejeitar o que for falso, errado e injusto.

Considerar como falta de amor o discordar dos erros de alguém é desconhecer a natureza do amor bíblico. Amor e verdade andam juntos. Oséias reclamou que não havia nem amor nem verdade nos habitantes da terra em sua época (Oséias 4.1). Paulo pediu que os efésios seguissem a verdade em amor (Efésios 4.15) e aos tessalonicenses denunciou os que não recebiam o amor da verdade para serem salvos (2Tessalonicenses 2.10). Pedro afirma que a obediência à verdade purifica a alma e leva ao amor não fingido (1Pedro 1.22). João deseja que a verdade e o amor do Pai estejam com seus leitores (2João 3). Querer que a verdade predomine e lutar por isso não pode ser confundido com falta de amor para com os que ensinam o erro.

Apelar para o amor sempre encontra eco no coração dos evangélicos, mas falar de amor não é garantia de espiritualidade e de verdade. Tem quem se gabe de amar e que não leva uma vida reta diante de Deus. O profeta Ezequiel enfrentou um grupo desses. “... com a boca, professam muito amor, mas o coração só ambiciona lucro” (Ezequiel 33.31). O que ocorre é que às vezes a ênfase ao amor é simplesmente uma capa para acobertar uma conduta imoral ou irregular diante de Deus. Paulo criticou isso nos crentes de Corinto, que se gabavam de ser uma igreja espiritual, amorosa, ao mesmo tempo em que toleravam imoralidades em seu meio. “... contudo, andais vós ensoberbecidos e não chegastes a lamentar, para que fosse tirado do vosso meio quem tamanho ultraje praticou? Não é boa a vossa jactância...” (1Co 5.2,6). Tratava-se de um jovem “incluído” que dormia com sua madrasta. O discurso das igrejas que hoje toleram todo tipo de conduta irregular em seus membros é exatamente esse, de que são igrejas amorosas, que não condenam nem excluem ninguém.

Ninguém na Bíblia falou mais de amor do que o apóstolo João, conhecido por esse motivo como o “apóstolo do amor” (a figura ao lado é uma representação antiquíssima de João) Ele disse que amava os crentes “na verdade” (2João 1; 3João 1), isto é, porque eles andavam na verdade. "Verdade" nas cartas de João tem um componente teológico e doutrinário. É o Evangelho em sua plenitude. João ama seus leitores porque eles, junto com o apóstolo, conhecem a verdade e andam nela. A verdade é a base do verdadeiro amor cristão. Nós amamos os irmãos porque professamos a mesma verdade sobre Deus e Cristo. Todavia, eis o que o apóstolo do amor proferiu contra mestres e líderes evangélicos que haviam se desviado do caminho da verdade:

- “Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos” (1Jo 2.19).

- “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho” (1Jo 2.22).

- “Aquele que pratica o pecado procede do diabo” (1Jo 3.8).

- “Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo” (1Jo 3.10).

- “todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo” (1Jo 4.3).

- “... muitos enganadores têm saído pelo mundo fora, os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne; assim é o enganador e o anticristo... Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus... Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más” (2Jo 7-1).

Poderíamos acusar João de falta de amor pela firmeza com que ele resiste ao erro teológico?
O amor que é cobrado pelos evangélicos sentimentalistas acaba se tornando a postura de quem não tem convicções. O amor bíblico disciplina, corrige, repreende, diz a verdade. E quando se vê diante do erro seguido de arrependimento e da contrição, perdoa, esquece, tolera, suporta. O Senhor Jesus, ao perdoar a mulher adúltera, acrescentou “vai e não peques mais”. O amor perdoa, mas cobra retidão. O Senhor pediu ao Pai que perdoasse seus algozes, que não sabiam o que faziam; todavia, durante a semana que antecedeu seu martírio não deixou de censurá-los, chamando-os de hipócritas, raça de víboras e filhos do inferno. Essa separação entre amor e verdade feita por alguns evangélicos torna o amor num mero sentimentalismo vazio.

O amor, segundo Paulo, “é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1Coríntios 13.4-7). Percebe-se que Paulo não está falando de um sentimento geral de inclusão e tolerância, mas de uma atitude decisiva em favor da verdade, do bem e da retidão. Não é de admirar que o autor desse "hino ao amor" pronunciou um anátema aos que pregam outro Evangelho (Gálatas 1). Destaco da descrição de Paulo a frase “O amor regozija-se com a verdade” (1Coríntios 13.6b). A idéia de “aprovar” está presente na frase. O amor aprova alegremente a verdade. Ele se regozija quando a verdade de Deus triunfa, quando Cristo está sendo glorificado e a igreja edificada.

Portanto, o amor cobrado pelos que se ofendem com a defesa da fé, a exposição do erro e o confronto da inverdade não é o amor bíblico. Falta de amor para com as pessoas seria deixar que elas continuassem a ser enganadas sem ao menos tentar mostrar o outro lado da questão.



Rev. Augustus Nicodemus Lopes

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O SENHOR É O MEU PASTOR


12/06/2011
Salmo 23

Este é um texto bem conhecido das pessoas por ser um texto que nos chama muito a atenção e nos traz um conforto muito grande em dias de tribulação.

Alguns estudiosos costumam dizer que só o primeiro versículo deste salmo poderia substituir todo o conteúdo da bíblia, por possuir uma essência tão marcante em nossas vidas.

Hoje quero abordar com os irmãos um pouco mais sobre este texto, será que quando lemos este texto simplesmente estamos lendo um texto decorado, aquele texto que decoramos quando ainda éramos crianças ou realmente sabemos o significado desta palavra.

Vejamos alguns tópicos sobre este salmo:

1) ELE TRAZ DIREÇÃO À MINHA VIDA
Nos versos 2 e 3 do Salmo, vamos encontrar a palavra de Deus dizendo que o papel do pastor é guiar seu rebanho.

Segundo os estudiosos as ovelhas são animais que não enxergam longe; se afastarem do rebanho se perdem facilmente, porque ela não consegue enxergar nem o pastor, nem as demais ovelhas do rebanho.

Assim é o povo de Deus, precisamos dEle direcionando nossas vidas, nos mostrando o caminho que devemos seguir e orientando nossas vidas.

Precisamos aprender a repousar no Senhor e deixá-lo guiar a nossa vida como Ele quer.

Quantas pessoas nós conhecemos que tem deixado sua vida ser guiada pelo acaso, moda, televisão, a opinião da turma, etc.

Quando perdemos de vista o nosso Pastor, acabamos nos perdendo do caminho correto para nossa vida.

O Pastor ele nos leva junto às águas de descanso. Ainda, segundo os estudiosos, eles nos dizem que as ovelhas tem uma lã muito espessa que esquenta muito. Por isso elas precisam se “refrescar” na água. Carecem de sombra e água fresca, porém elas têm as pernas muito curtas; se entrarem num rio com correnteza o que acontece? A lã da sua barriga se encharca e a correnteza a leva. Por isso o pastor tem sempre a preocupação de levar suas ovelhas para águas tranqüilas.

“Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará. Fará sobressair a tua justiça como a luz e o teu direito, como o sol ao meio-dia. Descansa no SENHOR e espera nele, não te irrites por causa do homem que prospera em seu caminho, por causa do que leva a cabo os seus maus desígnios.” (Salmos 37:5-7 RA)

2) ELE TRAZ TRANQUILIDADE À MINHA VIDA

No verso 4 iremos encontrar o salmista dizendo que mesmo que as ovelhas passem pelo vale da sombra da morte elas não temem nenhum mal.

O que vem a ser o vale da sombra da morte?

“Ao referir-se ao vale da sombra da morte, Davi poderia estar falando de um lugar famoso por sua periculosidade. Há quem pense que ele falava da estrada que liga Jerusalém a Jericó.

Conhecida como "Ladeira do Sangue", essa estrada era então um caminho sinuoso e íngreme, que descia 1200 metros em apenas 27 quilômetros, com muitos vales estreitos de cujos lados, em cavernas escavadas, malfeitores espreitavam e emboscavam os viajantes. Foi o cenário que o Senhor para a Parábola do Bom Samaritano.

Hoje, distante do deserto da Judéia, o vale da sombra da morte representa nossas aflições mais graves. Quantas vezes já passamos por esse vale ou vimos um de nossos queridos passar? Tantas vezes quantas a morte nos fez sombra.

Ao nos aproximamos desse vale, nosso primeiro sentimento ainda continua sendo o medo. Porém a visão do cajado - com que o Bom Pastor nos puxa para junto de si - e a visão de seu bordão - com que ele coloca os agressores em fuga - nos acalma.


O Vale da sombra da morte são as tribulações e provações que enfrentamos no nosso dia-dia, e na maioria das vezes temos medo de enfrentá-los, mas quando temos o Senhor ao nosso lado, temos a confiança e a tranqüilidade para passar por este vale e chegar aos campos verdejantes e às águas tranqüilas.

“O vale da sombra da morte fica antes dos pastos verdes e das águas tranqüilas às quais o Bom Pastor nos leva. Ele até poderia usar outro caminho, mas o que passa por esse vale terrível faz com que valorizemos mais o destino a que somos levados.”

Aqui vemos o real sentido da provação que é nos aperfeiçoar para valorizarmos o tempo que passamos por estas dificuldades.

3) ELE TRAZ SEGURANÇA À MINHA VIDA

Por fim, nos versos 5 e 6 o salmista diz que o bom pastor traz segurança para nossas vidas.

Aqui veremos que mesmo quando estamos diante dos nossos inimigos, Deus nos honra de uma forma maravilhosa.

No verso 5 vemos que Deus unge a nossa cabeça com óleo na presença dos nossos adversários. Este ato naquele tempo acontecia com os sacerdotes que eram perfuramos com um óleo especial para que quando ele chegasse perto das outras pessoas, elas sentiriam o seu aroma e saberiam que o sacerdote estava chegando. Podemos entender isso, quando no Salmo 133 o salmista fala da unção que acontecia com Arão

“ É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes.” (Salmos 133:2 RA)

Esta honra quer dizer que quando estamos enfrentando nossos adversários, Deus nos dá segurança, ele nos protege, ele nos ampara e tem misericórdia das nossas vidas.

E no versículo 6 encontraremos a certeza que a bondade e a misericórdia de Deus nos seguirão por todos os dias da nossa vida.

Hoje sabemos que a insegurança e a ansiedade tem estado presente na vida de muitas pessoas, mas o Bom Pastor é o único que pode nos trazer segurança e paz nestes momentos.

CONCLUSÃO
Agora que entendemos melhor a essência deste salmo, podemos conhecer o verdadeiro sentido do verso 1, quando lermos a afirmativa do Rei Davi, ao dizer que o “Senhor é o nosso pastor e que nada faltará”.

Que possamos ter Deus como nosso único Pastor, deixando que ele tome a direção de nossas vidas, nos dando tranqüilidade e a segurança que tanto precisamos.
Que Deus nos abençoe.
Pb. Erikson F. de Araújo
Esboço do sermão do dia 12/06/2011
Fonte:

Escute a mensagem deste dia, clicando no player abaixo:



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A INFIDELIDADE NOS RELACIONAMENTOS

11/06/2011
2º Samuel 11:1-5; 26-27

Hoje em dia tenho percebido em vários casais, independente de serem namorados ou já terem um compromisso maior como o casamento, que o relacionamento com o cônjuge não é tão respeitado como deveria.

A infidelidade tem penetrado nestes relacionamentos de forma assustadora e muitas vezes têm sido visto como algo normal.

Iremos analisar uma situação que aconteceu com um dos maiores reis que a história já viu e com certeza o maior rei que o povo de Israel teve e que ficou conhecido como o “rei segundo o coração de Deus”.

Mas Davi não foi perfeito ele também errou e veremos como isso afetou sua vida e seu relacionamento com Deus.

1) A INFIDELIDADE É UM PECADO QUE ATRAI OUTROS PECADOS
Um dos grandes problemas da infidelidade é quando ela está prestes a ser revelada. Nesta situação tanto o homem como a mulher acabam se auto-condenando e acabam cometendo outros erros para encobrir esta falha.

Quando Davi descobre que Bate-seba está grávida, ele usa de alguns artifícios para resolver o seu problema.

Ele traz o seu marido Urias da guerra e pede prá que ele vá passar uma noite com sua esposa, mas ele não acha correto ficar em casa com sua esposa enquanto seus companheiros estão na guerra. Então Davi vai mais além, ele chama Urias na noite seguinte, o força a beber bastante e o manda para casa, mesmo assim Urias não vai e a única alternativa que Davi enxerga para sair desta situação é escrever uma carta a Joabe seu superior pedindo que a tropa avançasse e que Urias fosse à frente, o que resultaria em sua morte. Após isso Davi, casa-se com Bate-Seba para justificar a gravidez indevida diante do povo. (2º Sm. 11:6-27)

Vejam bem como Davi, se enrolou, ele havia cometido o pecado do adultério e para esconder este pecado, ele cometeu pelos menos mais três pecados, ou seja, piorou ainda mais sua situação.

Quando damos lugar para a infidelidade em nossos relacionamentos, o pecado toma conta de nossas vidas de tal forma que nos atolamos cada vez neste lamaçal, dificultando nosso resgate desta situação.

2) A INFIDELIDADE DEIXA CONSEQUENCIAS DOLOROSAS
Na maioria das vezes a infidelidade é cometida em segredo, as pessoas não sabem o que está acontecendo, mas de Deus não podemos nos esconder. A bíblia deixa bem claro que Deus não concordou com a atitude de Davi (2ª Sam. 11:27).

Quando Davi é confrontado pelo profeta Natã, ele percebe o mal que fez, mas isso não eliminou as conseqüências de seu pecado e a justa punição de Deus.

Pelo seu pecado, Davi foi envergonhado publicamente, quando seu filho Absalão se deita com suas concubinas publicamente (2ª Sam. 16-22), mas a punição maior ainda estava por vir. Por causa de seu pecado, o filho que nascera do adultério de Davi e Bate-Seba morreria.

Imagino que deve ser uma dor muito grande perder um filho, ainda mais um filho que acabara de nascer, um filho que Davi e Bate-seba amavam.

Em muitos relacionamentos, um dos cônjuges costuma achar que as coisas não vão muito bem e acabam tomando esta atitude.

Os homens são atraídos pelo olhar, enquanto as mulheres pelos atos, e quando o homem não se sente atraído por sua mulher, ele procurar outra para satisfazê-lo ignorando toda a história que viveram juntos e ignorando o verdadeiro amor de sua vida.

Da mesma forma as mulheres, na busca de um homem que satisfaça seus anseios, acaba cometendo um grande mal contra sua família.

E varias conseqüências costuma ter um caminho sem volta, assim como aconteceu com o rei Davi.

Quando cometemos o ato de infidelidade, podemos até ter uma satisfação momentânea, mas a conseqüência deste erro pode trazer muita dor, pois acabamos atingindo a que nós amamos de verdade.

3) QUANDO HÁ ARREPENDIMENTO, DEUS DERRAMA SUA BENÇÃO SOBRE O CASAL
Diante de tudo isto, Davi tem uma atitude que mostra o quanto ele foi fiel à Deus. Depois da morte de seu filho, ele levanta-se e vai se alimentar e cuidar de sua vida. Esta atitude parece demonstrar frieza do Rei, no entanto quando ele é indagado por seus servos, ele justifica dizendo que enquanto a criança era viva, ele jejuou na esperança que Deus compadecesse dele e retirasse a punição pelo seu erro, revelando que depois de morta ele não poderia fazer mais nada.

A atitude de Davi demonstra reconhecimento na soberania de Deus e arrependimento. E quando este se torna verdadeiro, Deus nos abençoa.

O texto bíblico revela que após a morte de seu filho, Davi vai consolar Bate-Seba, se deita com ela e ela dá à luz a outro filho, que veio a ser o herdeiro do trono e um rei com uma sabedoria que até hoje é lembrada em toda a história.

No entanto o mais importante é que Deus amou este filho, como está registro em 2º Sam. 12:24-25.

Quando há arrependimento e dedicação ao Senhor da família, Deus nos ama e nos cobre de bênçãos.

CONCLUSÃO
Ilustração: SALVE UM CASAMENTO

Nós não sabemos o que nos espera, mas o que eu tenho para passar para vocês neste momento, é que valorizem a pessoa que Deus escolheu para ser seu companheiro ou companheiro.

Problemas todos têm, mas Deus nos dá força para vencê-los a cada dia. Não deixe a internet, a televisão, a Sky, as revistas tomaram o lugar do seu relacionamento, renove, inove, se mexa. Se alguma dessas coisas te faz pecar, arranca e joga fora, elimina este mal enquanto há tempo e salve o seu relacionamento.

“Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno.” (Mateus 5:29 RA)

Que Deus abençoe seu relacionamento.

Pb. Erikson F. de Araújo
Esboço do Estudo do dia 11/06/2011 no Jantar dos Namorados

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quinta-feira, 2 de junho de 2011

A FAMÍLIA NO FIM DOS TEMPOS


Marcos 13:5-13
Gênesis 7:1

Irmãos é evidente notarmos que os sinais do fim dos tempos, presentes na palavra de Deus se tornam cada vez mais freqüentes em nosso cotidiano.

São rumores de guerra, fenômenos naturais e coisas que jamais presenciamos estão acontecendo com a freqüência cada vez maior.

Mas a bíblia também aponta alguns sofrimentos que acontecerão no fim com relação às famílias. Talvez não tenham tanto destaque na mídia como os terremotos, tsunamis e guerras, mas que tem trazido grandes transtornos para a vida familiar. São filhos matando seus pais e pais matando seus filhos.

Há alguns anos atrás tivemos dois crimes que chocou todo o país, em primeiro lugar o caso da família Richthofer, onde a própria filha em conjunto com o namorado, tramou o assassinato dos próprios pais. Em segundo lugar o caso da família Nardoni, onde o pai e madastra atiraram a própria filha pela janela do seu apartamento.

Porém hoje quero estudar com os irmãos sobre a única família que viveu e sobreviveu literalmente ao fim do mundo. A bíblia relata que nos tempos de Noé, o pecado e a corrupção eram tão grandes, que chegou ao ponto de Deus se arrepender da criação do mundo e destruir tudo o que tinha criado (Gn. 6:7). Mas ele resolveu preservar a vida da família de Noé.

Vejamos alguns aspectos importantes desta grande família, que podem nos ajudar a enfrentar o fim dos tempos:

1) ERA UM FAMÍLIA UNIDA

O primeiro ponto que quero destacar era que a família de Noé era uma família unida em vários pontos.

Esta família enfrentou junto o descaso da sociedade atual. Imagine quando Noé começa a avisar as pessoas do Dilúvio, elas pensaram que ele estava louco, fora de si, que não falava coisa com coisa.

Enquanto muitos membros da família teriam se afastado de seus parentes, a família de Noé mostrou-se unida diante deste caso. Por vezes presenciamos filhos tratando seus pais com descaso. A bíblia no diz que Noé era um homem justo, íntegro e que andava com Deus, seria normal que sua família o seguisse. Hoje em dia temos nossa família seguindo mais a sociedade do que a própria família. Sabemos que nossos pais estão no caminho correto, mas por um questão de ser bem visto na sociedade ou entre os amigos, rejeitamos nossa família prá ficar com pessoas desconhecidas.

E no caso de Noé ainda tinha as noras. É fácil ficar do lado do pai e da mãe, mas já pensou ficar do lado do sogro e sogra? A família de Noé foi unida até neste ponto.

São muitos os casos de filhos que preferem seguir “a galera”, a onda do momento do que seguir seus pais que andam no caminho do Senhor. Notamos vários jovens, chamando seus pais de caretas, estão por fora ou algo parecido.

Meu caro Jovem não cometa a “Caretisse” de chamar seus pais de Caretas por andarem com Deus, pois você acabará afundando nas águas do dilúvio, prefira navegar na Arca do Senhor com sua família.



2) ERA UMA FAMÍLIA QUE ADORAVA AO SENHOR


Após o dilúvio, Noé sai da arca com toda sua família e oferece sacrifício ao Senhor (Gn. 8:18-20).

Esta é uma característica muito importante da família. A família para enfrentar o fim dos tempos ela precisa adorar ao Senhor.

Quantas vezes presenciamos as famílias divididas quando o assunto é adorar o Senhor, passamos por dificuldades, rogamos as bênçãos de Deus, ele nos abençoa e não temos nem o bom hábito de agradecer pelo bem que ele nos tem trazido.

É tão bom quando recebemos à benção do Senhor e juntos em família rendemos graças a Deus. É tão bom quando vamos à igreja e estamos com toda a família participando e louvando a Deus. Como é triste quando a família fica dividida, quando só uma parte vai à igreja e a outra não.

Existe uma prática muito boa que podemos adorar ao senhor em família, que tem se perdido ao longo dos tempos, que é o CULTO DOMÉSTICO, uma prática tão boa e essencial para a família que tem sido substituída pelo ativismo de nosso cotidiano e por coisas supérfluas que não trazem edificação.

A família precisa estar adorando ao Senhor em todo o tempo.

3) ERA UMA FAMÍLIA QUE SE RESPEITAVA

Depois de adorar o Senhor, Noé acaba embriagando-se e se pôs nu dentro de sua tenda. Seu filho Cam viu o seu pai nu e foi contar a seus irmãos, o fato dele ter visto o seu pai desta forma, isso foi um ato desrespeitoso, tanto que seus irmãos resolvem cobrir o pai, mas o fazem de costas, sem olhar para ele.

A família precisa respeitar uns aos outros dentro do seu lar. O respeito é algo essencial para que a família viva bem. Os filhos precisam respeitar os pais e os pais seus filhos. Os mais novos respeitando os mais velhos e assim por diante.

Outro ponto interessante é que o respeito produz benção, enquanto a falta dele produz maldição.

Em Gênesis 9:24-27, percebemos Cam sendo amaldiçoado por sua atitude, enquanto seus irmãos Jafé e Sem recebem a benção do Senhor da boa de seu pai.

O respeito em família é algo essencial que produz bênçãos em qualquer tempo.

CONCLUSÃO

Irmãos, viver no fim dos tempos não é fácil e a tendência é que a cada dia que se passa as tribulações sejam cada vez maiores. No entanto, aprendemos com a família de Noé que podemos juntos em família, adorando ao Senhor e respeitando nossos familiares, vencer as tribulações que nos aparecem.

APLICAÇÃO

E sua família tem sido uma família unida, que adora ao Senhor e respeita seus familiares?

Que Deus abençoe nossas famílias.

Pb. Erikson F. de Araújo
Esboço do sermão do dia 22/05/2011 na IP de São José do Calçado

Disponibilizo abaixo os slides utilizados neste sermão, para baixar é só clicar sobre eles.