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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

GRATIDÃO EM TEMPOS DE ANGÚSTIA

Jó 1e 2:1-10

Somos servos de Deus e como seus servos recebemos inúmeras bênçãos d’Ele. Como é bom receber algo agradável e poder expressar nosso agradecimento, quando alguém faz um favor ou algo que lhe deixa feliz temos o hábito de agradecer. Mas e quando recebemos algo que aparentemente não é bom? Qual deve ser nossa reação diante disto? E se isso vem com a permissão de Deus?

Esta semana a região serrana do Estado do Rio de Janeiro sofreu com uma tragédia que abalou todo o país. Pessoas perderam todos os seus bens, perderam parentes, estão doentes e feridas, deprimidas e sem esperança, pensando em recomeçar mas sem saber por onde fazê-lo.

Hoje trataremos da vida de Jó, um servo temente a Deus que passou por situações desagradáveis em sua vida, situações estas que também podemos vivenciar. Vejamos algumas perdas que este servo de Deus passou em sua vida.

1) A PERDA FINANCEIRA
A bíblia relata que Jó era o homem mais rico de todo o oriente. Ele tinha uma grande família que promovia festas frequentemente, ou seja, Jó tinha tudo o que um homem poderia ter. No entanto o inimigo resolve atacar justamente a área financeira de Jó e como num piscar de olhos, ele perde toda a sua fortuna e fica pobre.

Algumas pessoas dizem que quando se trata de finanças, é melhor uma pessoa pobre se tornar rica, do que uma pessoa rica ficar pobre. A pessoa que já está acostumada com um nível de vida e cai, a tendência é que tenha dificuldades em adaptar-se a este novo status.
A situação de Jó era complicada, voltando a lembrar da tragédia da região serrana, podemos comparar com a situação de Jó. Muitas pessoas que residem naquela região são agricultores ou pecuaristas como Jó. Nós pudemos visualizar o desespero destas pessoas diante da perda de toda a sua fonte de renda. Imagine aquele humilde agricultor que pegou um empréstimo do banco e investiu tudo em sua colheita e em uma noite perde tudo. Realmente é algo muito triste.

A bíblia não condena o dinheiro e sim o amor ao dinheiro.
“ Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.” (1 Timóteo 6:10 RA)

O dinheiro é algo necessário e Jó precisava dele. Como seria sua vida diante desta terrível perda?

2) A PERDA DOS FILHOS
Jó era pai de sete filhos e três filhas, 10 filhos, uma família abençoada. A bíblia registra que
“ Herança do SENHOR são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão.” (Salmos 127:3 RA)

Jó era um pai feliz, ele amava tantos seus filhos que quando terminava a rodada de banquetes, ele santificava seus filhos e levantava-se de madrugada para oferecer sacrifícios à Deus em favor deles.

Irmãos, deve ser muito difícil para um pai perder um filho, imagine a situação de Jó ao perder 10 filhos. Ontem, (15/01/2011) completou 16 anos que Deus chamou meu irmão para a glória, num domingo como hoje, tudo estava muito bem e após o almoço brincando na piscina ele veio a falecer, pude presenciar de perto o sofrimento dos meus pais diante desta perda, mas só pude realmente ter idéia do amor que um pai tem pelo seu filho quando tornei-me um pai também. Às vezes chego em casa depois trabalho e vejo minhas crianças doentes, como fico angustiado tentando fazer algo.

No ano passado também perdemos um grande amigo nesta mesma época em Janeiro. Nós havíamos tocado no domingo à noite e quando foi na segunda estávamos todos surpresos com a notícia que ele foi levado pelas águas do rio e ficamos à procura de seu corpo.

Imagino os pais que sobreviveram à tragédia na região serrana, mas que perderam suas famílias; assisti uma reportagem de um homem que sobreviveu graças à cabeceira de sua cama que não deixou a terra vir sobre ele, mas perdeu sua esposa e filhos nesta tragédia.

Irmãos, o sofrimento de Jó deve ter sido algo terrível, além da perda financeira, agora ele perde também seus filhos. Como ele poderia reagir a tudo isto?

3) A PERDA DA SAÚDE
Normalmente quando chegamos ao fim do ano, temos o costume de desejar um feliz ano novo aos nossos amigos e parentes. Muitas vezes perguntamos como foi o ano e recebemos a seguinte afirmação: ESTANDO COM SAÚDE, É O QUE IMPORTA.

Para algumas pessoas a perda financeira ou a perda de seus familiares pode ser resolvida de uma forma mais fácil, no entanto, quando mexe com a saúde a reação muda.

Jó também enfrentou este problema, ele ficou muito doente e não foi uma doença simples. Ele não teve uma gripe, um mal estar ou mesmo dengue, ele teve CÂNCER. E não foi um câncer como conhecemos que começa com um tumor em alguma parte do nosso corpo, a bíblia fala que Jó teve tumores em todo o corpo, da planta dos pés até o alto da cabeça (Jó 2:7). O sofrimento dele era tão grande que ele sentou em cinzas e pegou um caco para com ele raspar-se (Jó 2:8).
Sabe o que isso quer dizer, não tem quando você leva um tombo e fica ferido e passa o remédio e quando o mesmo começa a agir você sente coceiras e tenta coçar para aliviar, mas não pode porque se não a ferida abre, pois é Jó sofria tanto que estava fazendo isso com um caco de telha, tijolo ou algo parecido. Que angústia Jó enfrentou, perdeu seus bens, perde seus filhos e agora perde a sua saúde.

CONCLUSÃO:
Irmãos talvez você esteja pensando que se você passasse por estas situações, você não aguentaria. Talvez se passasse por somente uma dessas perdas já seria terrível.

No entanto aprendemos que a vontade de Deus é sejamos gratos à ele em tudo.
“ Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” (1 Ts 5:18 RA)

Paulo não fala aqui para agradecermos somente nos momentos bons e sim em tudo, ou seja, em todas as circunstâncias, em todos os momentos.

Realmente as situações que Jó enfrentou não foram fáceis. Ele ficou triste, mas em momento algum atribui alguma falta à Deus. Quando ele perde seus bens e filhos, veja como ele reage:
“ Então, Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e adorou;  e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!” (Jó 1:20-21 RA)

E quando perde também sua saúde, recebe um péssimo conselho de sua esposa, que estava ao seu lado em todos estes momentos para que amaldiçoasse Deus e morresse, mas Jó responde:
‘... Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.” (Jó 2:10 RA)

Aqui temos uma grande lição da parte de Jó, precisamos saber agradecer à Deus por tudo que ele nos tem dado, independente que seja bom ou ruim, devemos ser gratos a Deus em todas as circunstâncias e saber que ele está sempre ao nosso lado.

Fico feliz quando vejo o noticiário sobre a tragédia na região serrana, quando alguns entrevistados respondem: “Graças a Deus que nos deixou vivos para reconstruir nossa cidade”. O reconhecimento de que Deus está acima de todas as coisas é fundamental em tempos de angústia.

Não ache que seus problemas acabarão, teremos sempre problemas, mas a diferença é como lidamos com os nossos problemas, Jó era um homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal, (Jó 1:1) quando temos este perfil, fica bem mais fácil de lidar com nossos problemas.

Finalizo lembrando a música do cantor Lázaro que diz: “Vou passando pela prova dando glória à Deus”. Que possamos ter Deus, como o senhor de nossas vidas, aprendendo a dar graças em todos os momentos. Que Deus nos abençoe.

APLICAÇÃO

E você no lugar de Jó diante de tantas provações, qual seria a sua reação?
Pb. Erikson F. de Araújo
Esboço do Sermão do dia 16/01/2011 na IP de São José do Calçado

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

SALVE UM CASAMENTO

Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.

De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.

Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?" Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!"

Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouvi-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a outra mulher. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela. Sentindo-me muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa. Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia, mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a outra mulher profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a outra mulher.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir. Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais. Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nós casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca, mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a outra mulher sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio", disse a outra mulher em tom de gozação.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito,eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada à outra mulher, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles, mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse: "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... Ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mãe todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".

Eu não consegui dirigir para o trabalho... Fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia... Subi as escadas e bati na porta do quarto. Quando ela abriu a porta e eu lhe disse: "Desculpe, eu não quero mais me divorciar".

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti: "Desculpe, eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.

Ela então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouvi-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama - morta.

Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando há vários meses, mas eu estava muito ocupado com a outra mulher para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!

Pr. Samuel - VDM

"Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam." 1 Co. 2.9

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

OBEDECENDO À DEUS

Jonas 1

Deus nos ama e entre outras coisas, ele deseja que sejamos obedientes às suas ordens.
 
Meu pai costuma dizer que o alfabeto que aprendemos na escola é o A B C D, mas o alfabeto que Deus quer que aprendamos é o OBEDECER.
 
Jonas era um profeta de Deus e andava nos caminhos do Senhor, mas no momento em que se deparou com uma ordem que contrariava seus princípios, enfrentou algumas situações anormais no seu cotidiano. Vejamos que situações ele enfrentou ao andar na contra-mão do desejo de Deus.

1) NEM SEMPRE O QUE QUEREMOS É O QUE DEUS QUER
Logo no início do livro de Jonas, notamos que Deus chama o profeta Jonas para cumprir uma missão um tanto difícil no seu tempo. Jonas é convocado para ir à Nínive, capital do grande império da Assíria, nação inimiga mortal do povo de Israel, para não só falar, mas gritar sobre a maldade daquele povo, vejamos o que diz o verso 2 do capítulo 1 de Jonas.
“ —Apronte-se, vá à grande cidade de Nínive e grite contra ela, porque a maldade daquela gente chegou aos meus ouvidos.” (Jonas 1:2 NTLH)

No entanto Jonas não gostou da ordem que Deus lhe deu, tanto é que ele resolveu fazer o contrário, ele fugiu da ordem do Senhor.
 
Talvez em nosso tempo, entenderíamos a reação de Jonas: Primeiro porque vivemos em tempo que muitas pessoas se aproveitam da carência emocional que as pessoas enfrentam, agarrando-se à qualquer forma de fé que traga conforto aos seus corações. Talvez alguns de nós falaríamos... — isso que você ouviu não foi a voz de Deus! — Deus não quer isso para sua vida. — Esta ordem não é para você e sim para outra pessoa. Mas como identificar a voz de Deus? Precisamos entender que quando Deus fala conosco ele o faz em secreto. Quando Deus falou com Moisés através da Sarça, eles estavam sós, quando falou com Jó através de um redemoinho, eles estavam sós e até quando falou com Balaão através de sua mula eles estavam a sós. Deus não precisa fazer uma mega-show para falar com seus servos.
Hoje Deus usa a bíblia para revelar sua vontade para nossas vidas, portanto precisamos estar atento ao que realmente Deus quer para nossas vidas na leitura constante de sua palavra.
 
Em segundo lugar, Jonas teria uma justificativa perfeita, pois a ordem de Deus era a maior loucura aos olhos dos homens. Ir à nação inimiga e gritar para todos que eles estavam em pecado e Deus iria destruir tudo em 40 dias, era a maior doideira. Imagine em nossos dias, a Coréia do Sul e a Coréia do Norte estão à beira de uma guerra nuclear, aí Deus pede para um sul-coreano ir à Coréia do Norte dizer que eles estavam em pecado e que seriam destruídos em 40 dias, o sujeito ia acabar como Hiroshima e Nagasaki, viraria suco nuclear na hora!

Mas quando Deus nos dá uma ordem, ele não quer que discutamos ou façamos o contrário, ele simplesmente quer obediência. Não precisamos nos preocupar com o que virá depois, precisamos cumprir o que Deus quer.

2) DEUS USA ATÉ OS INCRÉDULOS PARA MOSTRAR NOSSA DESOBEDIÊNCIA
Outro ponto importante é que quando desobedecemos à ordem de Deus, ela usa até pessoas que não crêem em Deus para nos alertar de nossa desobediência, veja o verso 5:
“ Então, os marinheiros, cheios de medo, clamavam cada um ao seu deus e lançavam ao mar a carga que estava no navio, para o aliviarem do peso dela. Jonas, porém, havia descido ao porão e se deitado; e dormia profundamente.” (Jonas 1:5 RA)

Em meio à grande tempestade provocada por Deus, as pessoas que acreditavam em outros deuses, começaram a ficar preocupadas e perceberam que aquela tempestade não era algo normal. Foi quando resolveram lançar sortes e descobriram que o grande causador daquele mal era Jonas que estava tranqüilo dormindo no porão do navio.

Diante de todo aquele temporal Jonas diz aos marinheiros que o joguem no mar e assim ele iria se acalmar, mesmo assim os marinheiros temiam a reação de Deus e oram bem alto pedindo para Deus não os castigue, pois esta era a vontade de Deus.

É impressionante como Deus trabalha em nossas vidas mesmo quando somos desobedientes à sua ordem, através da desobediência de Jonas e da correção de Deus em colocá-lo no caminho certo, outras pessoas tiveram o privilégio de ver a ação transformadora de nosso Deus e reconheceram a sua soberania.

3) DEUS TEM UM LUGAR ESPECIAL PARA OS DESOBEDIENTES: A BARRIGA DO PEIXE
Devemos ter cuidado para não desobedecermos ao nosso Deus, pois podemos acabar virando comida de peixe.

Imagine a situação de Jonas, em um navio, numa tremenda tempestade sabendo que a culpa era dele, pedem para que o joguem no mar. É claro que Jonas sabia que não sobreviveria em um mar agitadíssimo como aquele, imagine a quantidade de caldo que ele tomou ao ser jogado no mar. Talvez ele tenha pensado é melhor ir para o mar e morrer afogado do que ser morto em Nínive fazendo o que Deus me mandou. Mas quando Deus nos dá sua ordem ele quer que seja cumprida e fará de tudo para nos colocar na direção correta.

Jonas estava afundando e pensando no seu fim quando de repente aparece um enorme peixe e o devora. Não sei quantos já tiveram a oportunidade de ver uma baleia de perto, mas é um animal enorme. Talvez Jonas ao afundar pensou: — Este é o fim, não pode ficar pior? E eis que surge aquele peixão e o devora. Coitado de Jonas deve ter ficado apavorado.
 
Mas dentro daquele peixe, sem esperanças de sair com vida, Jonas enfim se arrepende de seus atos e reconhece o seu erro.
 
Às vezes precisamos tomar alguns caldos ou até mesmo sermos jogados na barriga de um peixe para acordarmos para a vida e entendermos que Deus quer a nossa obediência.
 
Quando Jonas finalmente entende isso, ele é vomitado pelo peixe e segue para cumprir a ordem de Deus.

CONCLUSÃO:
Veja o que diz a ilustração abaixo:
Um menino estava sentado junto ao portão que dava acesso à propriedade de seu pai, quando Napoleão se aproximou com seus homens e queria cruzar aquela propriedade, porém, o menino o impedia.
Zangado, o Imperador gritou com ele:
“Menino, eu sou Napoleão Bonaparte, o Imperador. Abra este portão!”.
Muito educado, o menino tirou o chapéu, e perguntou?
“O senhor vai querer que eu desobedeça meu pai? Este portão está fechado, aqui ninguém passa, conforme meu pai determinou!”.
Napoleão virou-se para seus generais e disse:
“Dêem-me mil homens como este, e conquistarei o mundo todo”, e foi-se por outro caminho.
Veja os textos abaixo:
“ Então, Pedro e os demais apóstolos afirmaram: Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens.” (Atos 5:29 RA)
 
“ Eis como será abençoado o homem que teme ao SENHOR!” (Salmos 128:4 RA)

Que neste ano que se inicia possamos ter em nossos corações o desejo de sermos mais obedientes ao nosso Deus e consequentemente abençoados por Ele.
Pb. Erikson F. de Araújo
Esboço do Sermão do dia 02/01/201