Como devemos entender aquela "unidade", que deve existir entre os cristãos, solicitada por Jesus? (João 17.21). A "unidade" como uma "unificação" de pensamentos ou de atitudes me parece algo difícil de ser concretizado neste mundo, porque fomos inseridos numa sociedade pluralista e criados em sistemas educacionais bem diversificados. Na igreja não é diferente! Se numa mesma linha teológica já há divergências, quanto mais numa diversidade de teologias! Eu penso que a unidade requerida por Jesus é a "unidade da fé", ou seja, a de uma fé comum, sendo ele próprio a origem e o alvo dessa fé adotada pelos seus seguidores. Por isso ele dizia que quem não era contra ele, era por ele, mesmo que não pertencesse àquele grupo que o acompanhava (Lucas 9.49,50). Quando Jesus se refere a essa unidade, a meu ver, ele não está exigindo que todos adotem uma mesma linha teológica humana. Ele nem mesmo se preocupou em nomear a sua igreja, considerando-a apenas como "a minha igreja" (Mateus 16.18), para que ninguém se arrogasse o direito de considerar a igreja que frequenta como sendo a única verdadeira. A unidade a que Jesus se refere, penso eu, é aquela que une as pessoas em uma mesma fé bíblica. Neste sentido, já somos "um" em Cristo, porque possuímos a mesma fé nele e compartilhamos de uma salvação comum. Até que cheguemos "à medida da estatura da plenitude de Cristo" (Efésios 4.13), estaremos sendo aperfeiçoados nessa unidade. (João 17.23).
Pb. Samuel Junqueira
(Enviado via e-mail)
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